terça-feira, 29 de dezembro de 2009

PNEUS NOVOS DEVEM SER COLOCADOS NA TRASEIRA OU NA DIANTEIRA?


Assisti a um vídeo enviado por uma amiga que fala sobre a importância de se colocar pneus novos na traseira do carro. Tudo que foi mostrado e comprovado no vídeo está certo...com pneus novos na traseira, caso o carro desgarre em uma curva é mais fácil controlar o veículo...mas a situação mostrada é muito específica...usam uma curva, em uma velocidade média mais elevada, com piso alagado...ou seja, uma condição que você encontra em uma estrada...No dia a dia do trânsito da cidade, a coisa muda de figura... Vou explicar por que...


Os pneus que desgastam primeiro são os dianteiros ou os traseiros? São os dianteiros, mas por quê? Bem, simplesmente porque durante uma frenagem 70% do esforço se concentra no eixo dianteiro, devido a transferência de peso para a frente do veículo. Então, se eles se desgastam primeiro, devem ser substituídos primeiro, não concorda?

É importante lembrar que a única parte do carro em contato com o solo são os pneus, e que não só tem função de garantir a estabilidade do carro, como mostrado no video, mas também garantir a frenagem. Então, imagine colocar pneus novos na traseira e manter pneus mais desgastados na dianteira...agora experimente frear bruscamente...é batida na certa...

O ideal, na verdade, é que você tenha no veículo pneus com mesma quilometragem. Isso só será possível trocando os quatro pneus de uma vez. Portanto, na hora de trocar os pneus, vale mais a pena pedir um desconto adicional ou um prazo maior e levar os quatro...Sai um pouco mais caro, mais é o ideal...

Se o dinheiro tá curto, e só é possível levar dois pneus, considere o tipo de percurso que você faz diariamente. Se roda mais na cidade, opte por colocar os pneus novos na dianteira, sem dúvida. Se anda mais na estrada, e sua região chove muito, não pense duas vezes e coloque os pneus novos na traseira...

Há, outra coisa a ser considerada no video, é que se os pneus traseiros estão dentro do limite de desgaste a perda de controle em uma curva não irá acontecer...( dependendo da velocidade, é claro ).

Até o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

domingo, 27 de dezembro de 2009

PORQUE O ÁLCOOL POLUI MENOS QUE A GASOLINA? PARTE II

Na área automotiva, quando falamos em emissões, estamos no referindo normalmente aos gases poluentes emitidos pela queima de um determinado combustível. E, seja qual for o combustível utilizado sempre haverá a liberação de gases poluentes compostos por Hidrocarbonetos ( HC ), Dióxido de Carbono ( CO2 ), Monóxido de Carbono ( CO ) e Óxidos de Nitrogênio ( NOX ). O que diferencia um combustível do outro é a proporção de cada um desses poluentes. E aí está a vantagem do Álcool em relação à Gasolina.

Se considerarmos apenas um desses poluentes, por exemplo, o Dióxido de Carbono, também conhecido como Gás Carbônico, a vantagem do Álcool é percebida. É que parte do dióxido de carbono emitido durante sua queima será “absorvido” pelo meio ambiente durante seu processo de produção, criando uma espécie de compensação nas emissões.

Não entendeu? Vou explicar melhor. O Etanol é um combustível de fonte renovável, ou seja, obtido através do plantio da cana-de-açúcar. A Cana, durante seu crescimento, retira o gás carbônico da atmosfera, para juntamente com a luz do Sol, realizar o processo de fotossíntese. E é aí onde está o “pulo do gato” !l. Durante o cultivo, a própria plantação retira o CO2 da atmosfera, devolvendo apenas o oxigênio !!

Isso quer dizer que quando você usa álcool no seu carro Flex uma parte do CO2 emitido durante a queima do combustível será retido pela natureza durante o cultivo da cana de açucar, reduzindo assim, a quantidade de dióxido de Carbono na atmosfera. Ou seja, ao optar pelo álcool você está contribuindo com uma maneira simples e eficiente para a redução dos níveis de Gás Carbônico na atmosfera.

Eu uso álcool no meu carro Flex, e com isso estou dando minha contribuição. E você?

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 19 de dezembro de 2009

PORQUE O ÁLCOOL POLUI MENOS QUE A GASOLINA? PARTE I

Há alguns meses atrás se divulgou na mídia que o Àlcool polui mais que a Gasolina. Confesso que fiquei espantado ao ler as matérias. Tal conteúdo pode criar uma certa confusão na cabeça de quem leu os artigos. Pensando em esclarecer tudo isso, estou publicando uma série de Posts especiais voltados ao álcool combustível e seus efeitos sobre o meio ambiente.

Mas por onde começar? Bem, porque não começar com um estudo realizado pela Embrapa ? Essa pesquisa levou em consideração toda a emissão de Gás Carbônico ( CO2 ) no processo de plantio, cultivo, colheita, processamento, fabricação e o transporte do Etanol ao Posto, assim como o consumo de um veículo realizando um percurso de 100 km. Esses dados foram comparados aos níveis de emissão de gás carbônico da Gasolina, desde o processo de extração do petróleo, passando por todas as etapas de obtenção da gasolina, a entrega do combustível a rede distribuidora e a queima do combustível no veículo.

E você sabe qual foi o resultado? Se considerarmos todas as etapas do processo de produção, distribuição e consumo dos combustíveis temos que o Etanol obtido da cana de açúcar reduz em até 73% as emissões de Gás Carbônico, quando comparado à Gasolina. Isso mesmo, 73 % menos CO2 deixa de ser lançado na atmosfera apenas pela substituição da Gasolina pelo Etanol !!!! Agora imagine isso no período de 10 anos o quanto poderíamos estar contribuindo para a redução do aquecimento Global?

Apenas para comparação, se usarmos como base uma veículo movido à Diesel, essa diferença cai para 68%. Mas ainda sim é uma redução bastante significativa.

Agora, se o processo de queima da cana-de-açúcar fosse substituído por um processo mecanizado, a redução na emissão de CO2 chegaria a 82%.

Mas porque tamanha diferença na emissão de dióxido de Carbono em relação à Gasolina?

Bem, aí só lendo o próximo Post.

Alexandre

domingo, 13 de dezembro de 2009

SELO CONPET AJUDA O CONSUMIDOR A ESCOLHER CARRO MAIS ECONÔMICO.


Quem acompanha o Blog deve se lembrar da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). Esse Selo faz parte do CONPET, Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural é o resultado de uma parceria entre o Inmetro e a Petrobrás e tem como objetivo orientar o consumidor na hora da compra, indicando os produtos com maior eficiência energética através de uma classificação que varia de A, para o mais econômico, a E, o menos econômico.

Esse Selo indica o consumo de combustível no ciclo urbano e rodoviário, em Km/l para álcool e gasolina, ou Km/m3 para carros GNV. A novidade é que essa semana foi divulgado uma nova tabela com mais 35 veículos, em 67 versões diferentes, distribuidos em oito categorias.

Posso dizer que o resultado do trabalho realizado pelo Inmetro é muito sério e bastante próximo da realidade, podendo ser usado como referência na hora de escolher o carro novo. São números reais e não distantes do resultado encontrado por você ao dirigir. Isso derruba por terra alguns anúncios otimistas onde se vende a idéia de carros excepcionalmente econômicos.

Só para se ter uma idéia, o carro Flex mais econômico da lista, que recebe a classificação “A” em consumo faz apenas 8,8 Km/l de álcool na cidade !!! Isso mesmo, menos de 9 Km/l em percurso urbano!! Esses números passam para 9,9 quilômetros por litro de álcool quando em percurso rodoviário. Usando Gasolina, o campeão de economia faz 12,4 Km/l na cidade e quase 15 Km/l na estrada. Não mais do que isso.

Portanto, se você pensa em mudar de carro ou que saber o consumo real do seu modelo atual, consulte a Tabela do Conpet, clicando aqui.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

Por que o carro Flex não é econômico – Parte I
Por que o carro Flex não é econômico – Parte II
Selo Procel para Carros

domingo, 6 de dezembro de 2009

AO PASSAR POR UMA LOMBADA EM ALTA VELOCIDADE O AIR BAG PODE ACIONAR?



Sempre ouvimos histórias envolvendo Air Bags. Casos em que as bolsas não foram acionadas e até situações onde os airbags disparam espontaneamente. Um das questões que vamos analisar hoje é se um Air Bag pode ser acionado quando passamos, ou melhor, “decolamos” em uma lombada.

Bem, como já sabemos, o Air Bag é o mais eficiente dispositivo de segurança passiva já criado, sendo basicamente constituído por uma bolsa de ar inflada através da expansão de um gás. Um propelente sólido localizado na base do volante entra em ignição através da passagem de uma corrente elétrica gerando um gás a abs de azoto de sódio, que, ao expandir, infla a bolsa em um tempo inferior a 1 segundo, afastando os passageiros do painel e volante, reduzindo assim os riscos de lesão grave.

Mas, para que a Bolsa seja acionada é necessário gerar um elevado valor de desaceleração. O impacto causado pela passagem em um buraco ou lombada, mesmo em alta velocidade, não é o suficiente para acionar o Air Bag, pois a desaceleração deve ser superior a 2g, o que equivale a duas vezes a aceleração da gravidade!! É como se o motorista fosse submetido a uma força equivalente a duas vezes o seu próprio peso. Este nível de desaceleração apenas é obtido no caso de uma colisão.

Além disso, por um motivo de segurança, este dispositivo conta com dois sensores, um inercial e outro eletrônico, no qual a central de comando apenas determina o acionamento da bolsa caso receba a informação dos dois sensores simultaneamente, evitando assim, seu acionamento ao passa por qualquer tipo de irregularidade do solo.

Isso quer dizer que a decolagem em uma lombada não é suficiente para acionar as bolsas de ar. Pode ficar tranqüilo.

Até o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto

domingo, 29 de novembro de 2009

DICAS PARA SABER SE O SERVIÇO DE RETÍFICA DO MOTOR FOI BEM FEITO.


Você está trocando de carro. Passando para um pouco mais novo. Finalmente você encontra aquele carro que esperava...o ano, modelo, opcionais...até a cor que você desejava...tudo isso no preçinho que cabe no seu bolso. Mas, analisando um pouco mais, você descobre que o motor passou por uma retífica. E aí?

Na verdade, ninguém gosta de comprar um carro sabendo que o motor foi aberto. Isso diminui um pouco a confiança no conjunto mecânico, não é verdade? Nesse momento, a única certeza que temos é que o serviço do motor já foi feito. Resta agora saber se foi bem feito.

Posso afirmar que hoje em dia, os serviços de retífica são bem precisos e confiáveis. Mas um pouco de cautela sempre é bem vinda. Para ficar tranquilo, siga as dicas apresentadas nesse Post:

a) Procure saber o motivo que levou o motor a "bater"... Se foi por falta de lubrificação ou superaquecimento. Se foi por problema de lubrificação os itens mais atingidos são pistões, anéis de segmento, tuchos, árvore de manivelas ( virabrequim )...Se foi por superaquecimento pode ter ocorrido o empeno do cabeçote.

b) Peça a retífica que realizou o serviço ou a loja que está vendendo o carro uma relação com a descrição do serviço e das peças substituídas, para poder ter uma dimensão do problema. Se por exemplo, foi feita uma retífica no virabrequim, é por que o desgaste foi profundo, e o problema foi bem sério!!

c) Com o capô aberto, verifique o estado geral do motor. O mesmo tem que estar seco, sem presença de vazamento de óleo ou água pelas juntas e conexões.

d) Ligue o motor. Verifique se funciona bem em todas as faixas de rotação, sem falhas ou trancos, principalmente em marcha lenta. Perceba também se há ruídos e barulhos estranhos vindos do motor.

e) Dê uma olhada se sai fumaça pelo escapamento, principalmente com o motor frio. Se sair fumaça branca o motor possui alguma trinca no cabeçote ou bloco que está permitindo a entrada de água no motor. Se a fumaça for preta, é sinal de queima excessiva de óleo, que pode ser provocada pelo mal ajuste dos anéis do pistão no interior do cilindro, ou vazamento pelos retentores de válvulas.

f) Verifique o consumo de óleo do motor. Para isso, meça o nível de óleo, e rode 1.000km com o carro. Depois repita a medição. O nível de óleo não pode baixar muito.Verifique no manual qual o consumo de óleo aceitável.

Se após essas verificações estiver tudo OK, vá curtir o carango...

Até o próximo Post

Alexandre

domingo, 22 de novembro de 2009

É VERDADE QUE UM CARRO ACOSTUMADO A RODAR NA ESTRADA ANDA MAIS?


Imagine a seguinte situação. Seu vizinho vive se gabando que o carro que ele usa, além de disposto, é extremamente econômico. Tal conversa não passaria de lorota do morador da casa ao lado, não fosse um pequeno detalhe – o carro sobre o qual ele descarrega elogios é exatamente igual ao que você encosta diariamente na garagem, e que, você vive reclamando do elevado consumo e do péssimo desempenho.

O assunto pode até virar motivo de intriga entre vizinhos, mas será que tem um fundo de verdade? Bem, se o seu vizinho utiliza o carro em viagens constantes a trabalho, enquanto você se arrasta pelo caótico trânsito das cidades, então temos a explicação para o impasse.

Num circuito urbano, o anda-e-pára do trânsito faz com que o motor trabalhe em condições pouco favoráveis, fazendo-o funcionar em baixas rotações, com pouca circulação de ar, e em marchas curtas como a primeira ou segunda. Para manter o motor funcionando nessas condições a quantidade de combustível é elevada, consumindo mais e formando depósitos de carbono no interior do motor. A bomba de óleo trabalha com baixa circulação de óleo e a circulação de líquido de arrefecimento está em baixa.

Já, em uma estrada, o motor trabalha em um regime de funcionamento constante, com marchas altas como quarta e quinta, com ventilação garantida pelo movimento do carro. As rotações mais elevadas do motor favorecem a queima do combustível, reduzindo o consumo e evitando a carbonização do motor.

Daí o motivo pelo qual o carro do vizinho parece mais ágil e econômico. Com o passar do tempo, a condição de rotações elevadas, combinado com velocidade constante na estrada diminui o acúmulo de carbono no interior do motor, fato que não podemos evitar no trânsito lento da cidade.

Resumindo. Quanto mais tempo você passa no engarrafamento, mais carbonizado fica o motor. E, a cada dia que passa, o motor do seu carro ficará ainda mais carbonizado, aumentando o consumo de combustível, e reduzindo, na mesma proporção, o desempenho.

Portanto, uma coisa é certa – o seu vizinho está com toda razão!!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 15 de novembro de 2009

PORQUE O CARRO FLEX NÃO É ECONÔMICO? PARTE II


Muita gente reclama que os carros Flex tem um padrão de consumo similar aos carros carburados à álcool da década de 1980. E isso não é mentira. Um carro Flex,que no ciclo urbano faz cerca de 7,5 quilômetros com um litro de álcool, está no mesmo patamar de consumo dos carros de 20 anos atrás.

Daí vem a pergunta: em vinte anos, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico, os engenheiros não conseguiram melhorar o consumo no álcool? A resposta está na química. Para queimar uma fração de álcool, precisamos em média de oito frações e meia de ar. Comparando com a gasolina que precisa aproximadamente de treze frações de ar para uma de combustível, no caso do álcool precisamos, proporcionalmente, de mais combustível para termos uma queima eficiente.

Resumindo, quando usamos álcool o consumo será sempre, eu disse sempre, maior que no caso do uso da gasolina. Não há como mudar isso!! É a Química!! Portanto, se você quer culpar alguém, culpe a Mãe Natureza !!!

Tudo bem, tudo bem, isso explica, mas não justifica. Pois, não é possível que conseguimos mandar o Homem à Lua e não conseguimos tornar uma carro movido a Álcool econômico!!

Bem, você pode estar certo de que os engenheiros automotivos estão tão dedicados a esse assunto quanto qualquer engenheiro da NASA!!! Qual Montadora não quer oferecer um veículo que possa rodar com um combustível pouco poluente e de fonte renovável como o álcool, e ainda assim, ser extremamente econômico? Seria algo como redescobrir a roda !!!

Várias modificações técnicas são necessária para tornar possível o uso do álcool e gasolina em um único motor, conciliando desempenho, consumo e emissão de poluentes. E é sobre isso que falaremos nos próximos Posts.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

domingo, 8 de novembro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE II

Como já falei anteriormente, todo carro fabricado hoje em dia utiliza a solução de água mais aditivo para arrefecer o motor. Mas, para garantir a eficiência do sistema é importante manter a água no estado líquido. E como isso é feito?


Bem, no Post anterior vimos a importância do uso do aditivo no controle da ebulição da água. Mas o aditivo não faz tudo sozinho. Existe outro fator, ainda mais importante – a pressão. E é a pressão o principal fator no controle da mudança de estado físico.

Para tornar mais fácil o entendimento da relação entre a pressão e a temperatura de ebulição da água, basta voltarmos um pouco aos conceitos aprendidos no ensino fundamental. Lá aprendemos que a água muda de líquido para vapor a 100 °C, só que isso ocorre a pressão atmosférica.

Se aumentarmos a pressão sobre a superfície da água, será necessário aumentar também a temperatura, fazendo com que a água vença a pressão adicional e mude de estado físico. Isso quer dizer que quanto maior a pressão, maior a temperatura de ebulição. Entendeu agora?

O mais interessante é que esse conceito físico é aplicado tanto em utensílios domésticos, como uma panela de pressão, que você usa para cozinhar mais rápido, quanto no sistema de arrefecimento do seu carro.

Nesse caso, o sistema de arrefecimento é pressurizado. O reservatório por onde é adicionado o líquido de arrefecimento possui uma tampa, que faz a função de válvula de controle da pressão, assim como a válvula da panela de pressão. O segredo do sistema é manter a água sempre sob uma pressão maior que a atmosférica, assim, mesma à temperatura de 100°C a água permanecerá no estado líquido.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

VOCÊ CONHECE O RECALL BRANCO?

Esse Post começa com uma pergunta – você conhece o Recall Branco? Não? Bem, pra ser sincero, até escrever esse Post eu não fazia a menor idéia do que se tratava!!

O Recall, como já sabemos, é uma estratégia utilizada por fabricantes para convocar Clientes cujos produtos apresentam algum defeito de fabricação que comprometa a segurança. Já, o Recall Branco, como está sendo divulgado, é quando um produto apresenta um defeito mais não compromete a segurança do usuário. Sendo assim, não há a necessidade de convocação dos proprietários dos veículos em grandes mídias, como exige o Código de Defesa do Consumidor para o caso de Recall. Talvez o termo mais correto fosse “Recall Silencioso” já que os custos com mídia e divulgação é bastante reduzido, assim como não é feito alarde sobre o problema.

A expressão "Recall Branco" parece suavizar a importância desse tipo de ação para o consumidor, mas não se trata de uma ação ilegal, pelo contrário, está totalmente acobertada judicialmente, pois assim como um Recall convencional, é acompanhado de perto pelo Departamento de Proteção e Defesa ao Consumidor, entidade ligada ao Ministério Público Federal, que tem autoridade para instaurar um processo judicial contra o Fabricante caso suas exigências não sejam cumpridas. Trata-se portanto, de uma coisa muito séria.

O termo se tornou mais conhecido, pois recentemente uma grande montadora anunciou o que seria um dos maiores Recalls Brancos do País !!! Isso mesmo, estima-se que mais de 400 mil veículos, fabricados desde 2008 passarão por reparos nas concessionárias da Marca. Tudo isso por conta das especificações do óleo lubrificante utilizado no motor.

Caso fosse lançado um Recall de verdade, o valor do prejuízo, com divulgação na mídia, reparo dos veículos, logística das peças e mão de obra, iria girar em torno de R$ 1 bilhão !!! Mesmo com o susto, a Montadora assumiu a responsabilidade e está convocando os clientes que reclamam de um ruído no motor para fazer os devidos reparos, assim como substituição do lubrificante, e aumento da garantia do motor três para quatro anos.

Portanto, não importa se o Recall é Branco ou não. O direito do Consumidor estará garantido. Isso é o que importa!!

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

domingo, 1 de novembro de 2009

O FUTURO É DOS AUTOMATIZADOS.

Certa vez, participando de um grupo de discussões em um fórum sobre mecânica na web, onde o tema era transmissão automática, fui crucificado por diversos participantes ao defender o câmbio automatizado em relação aos automáticos convencionais !!!

Assim como me justifiquei no Fórum, não estava apenas defendendo o novo tipo de câmbio, mais sim afirmando que na Europa, era mais que uma tendência, sendo, portanto, o câmbio do futuro!! E eu não estava errado. Muito pelo contrário. Na época da discussão, apenas um único modelo no Brasil oferecia o câmbio. Atualmente, nove modelos fabricados no país já adotam o equipamento!!!

O câmbio automatizado ou robotizado utiliza a caixa de câmbio manual convencional, com engrenagens e disco de embreagem. O que o diferencia é a ausência do trambulador, aquele conjunto de articulações que liga a alavanca de marchas ao câmbio, sendo substituído por um conjunto eletrohidráulico com válvulas responsáveis pelo engate das marchas e acionamento da embreagem.

A principal vantagem do novo sistema é o custo. É que em relação ao câmbio automático, que possui um complexo conjunto hidráulico, e uma peça conhecida como conversor de torque, o automatizado usa, exatamente, a mesma caixa de marchas do carro manual, incluindo apenas o conjunto eletrohidráulico e uma central eletrônica.

Apenas para termos uma idéia da redução dos custos, o valor médio de um câmbio automático é de $ 4.000,00, enquanto que o automatizado acrescenta apenas $ 2.400,00 no valor do veículo. Essa redução considerável nos custos tem levado as montadoras a investirem nesse tipo de câmbio, seja num esportivo, com dupla embreagem, ou mesmo em um modelo popular.

Mas e como funciona esse tipo de câmbio? Bem, isso veremos nos próximos Posts.

Alexandre

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE I


Certa vez me questionaram sobre o motivo pela qual a água do radiador não ferve mesmo o motor estando a mais de 100°C. É no mínimo uma dúvida com bom fundamento.

A água é um recurso natural abundante e há muito tempo é utilizada como fluido de arrefecimento por ser eficiente no transporte do calor do motor para o radiador, mas o controle de seu ponto de ebulição sempre foi um grande tormento para os projetistas. Apenas para se ter uma idéia, o carro mais vendido do mundo durante metade do século XX utilizava um motor arrefecido a ar, por ser mais simples.

Atualmente, todos os veículos fabricados no mundo, digo todos mesmo, utilizam a água como elemento para arrefecer o motor, por ser mais eficiente, termicamente falando, quando comparada ao ar. Mas utilizar somente a água não garante a eficiência do sistema de arrefecimento. É aí que entra o Aditivo.

O Aditivo adicionado à água do radiador possui uma composição à base de um composto chamado Etilenoglicol. Esta substância, além de agregar características específicas a água, tem como função alterar seu ponto de ebulição e congelamento. Logo, quando adicionamos o Aditivo à água formamos uma mistura, conhecida como líquido de arrefecimento, cuja principal característica é o ponto de ebulição superior a 100°C, e ponto de congelamento abaixo de 0°C.

Isso quer dizer que, mesmo que a temperatura do motor atinja mais de 100°C, a água presente no fluido de arrefecimento permanecerá no estado líquido. Isso é sensacional !!! Mas para que esse controle da temperatura seja eficiente, é preciso atender a proporção entre água e aditivo que é de 30% de aditivo para 70% de água.

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 18 de outubro de 2009

PORQUE O CARRO FLEX NÃO É ECONÔMICO? PARTE I


Quando o primeiro carro Flex foi lançado em 2003, vendeu-se a idéia de que o motorista sentiria a economia já mo momento do abastecimento. Até concordo, se você considerar que os R$ 80,00 cobrados por um tanque de álcool afeta muito menos o bolso que os R$ 120,00 necessários para encher com Gasolina.

Nossa, estou economizando muito – você pode pensar!!. Mas, sem querer ser chato, isso é pura ilusão. O fato é que rodando com álcool o carro irá consumir muito, muito mais. Ou seja, toda aquela economia na hora de passar um cheque irá se refletir, na verdade, em alguns tanques a mais de álcool. Então pode se preparar para ficar amigo do frentista.

Não. Não estou aqui criticando o álcool. Muito pelo contrário, sou um ferrenho defensor do combustível verde. Quem acompanha o Blog sabe disso. Apenas me sinto na obrigação de esclarecer aos meus leitores que quando comprarem um carro Flex, não pensem em economia. Nesse tipo de carro isso é um fator secundário.

A economia advém justamente do fato de você escolher o combustível que mais lhe convém naquele momento. E isso é o mais importante no carro Flex.

Mas porque então comprar um carro bi-combustível? A resposta é simples: utilizar a tecnologia a seu favor. Isso quer dizer que quando a gasolina estiver mais cara você pode optar pelo álcool, assim como no período da entressafra da cana-de-açucar, quando o preço do álcool aumenta muito, você pode recorrer ao combustível fóssil.

Eu, particularmente, uso 100% de álcool, não me preocupando muito com o consumo. Mas, para aqueles que querem fazer render alguns reais, opte sempre pela gasolina se o valor do álcool for equivalente a mais de 70% do seu preço.

Ou seja. Multiplique o valor da gasolina por 0,7. Se o preço do álcool estiver acima do valor calculado, abasteça com a velha e boa gasolina. Agora, se o preço do álcool estiver abaixo do valor encontrado, encha o tanque com o combustível “verde“ e vá ser feliz !!!

Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre o consumo dos carros Flex.

Alexandre
Saiba mais sobre o assunto:

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO COM MAIS DE UM ANO DE GARANTIA?

Analisando um pouquinho o mercado, comecei a reparar no período de garantia oferecido pelas montadoras. Um, dois, três, cinco anos... Seguindo o conceito de que quanto mais, melhor, as Montadoras lançam modelos com o maior período de garantia possível para atestar a qualidade de seus produtos diante do consumidor. Mas, será que vale realmente a pena comprar um carro com mais de um ano de Garantia?


Bem, Garantia, segundo o código de defesa do consumidor, é um direito que o consumidor tem de ter o seu veículo reparado em caso de defeito de fabricação. Isso quer dizer que se seu carro der um prego dentro desse período, a Montadora assume os custos.

Durante os testes de desenvolvimento de um novo carro, as montadoras fazem um levantamento para determinar quais componentes poderão apresentar algum defeito, e juntamente com o pessoal do departamento comercial, determinam o período de garantia.

Uma curiosidade - das trinta e nove Montadoras e importadoras instaladas no País, ninguém oferece quatro anos de Garantia. Porque será ??? Será que o número quatro dá azar???

Mas, voltando ao assunto, nem todos os componentes de um veículo são cobertos pela Garantia. É o caso dos chamados itens de desgaste natural, como embreagem, pneus, palhetas do limpador, pastilhas e discos de freio, lonas de freio... Esses itens apresentam desgaste pelo uso e possuem intervalo periódico para a troca. Apenas serão repostos em garantia se o desgaste for prematuro.

Durante o período da Garantia, a Montadora exige que todos os Serviços sejam realizados na Concessionária, utilizando peças originais. Até aí tudo bem, não fosse o elevado preço de peças e mão de obra cobrado pelas Concessionárias.

Isso quer dizer que você ficará ligado a Concessionária por um cordão umbilical durante todo o período da Garantia, sob o risco de perder a cobertura caso recorra ao mercado de reposição. Uma simples troca de óleo pode sair bem cara.

Com base nessas informações, e analisando friamente a questão, durante o período de garantia, se tudo correr bem, o que você irá trocar são justamente esses itens de desgaste natural, mais lubrificantes e componentes nas Revisões periódicas. Então, se seu carro for um modelo de grande venda, com boa disponibilidade de peças no Mercado, fique tranqüilo, um ano de garantia é o suficiente.

Agora, se o modelo do seu carro é recente no mercado, ou é importado, prazos de garantia mais longos são uma boa pedida. E se você não pagar a mais por isso, vale!!

Até o próximo Post.

Alexandre

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE II


A Ferrugem sempre foi um dos maiores temores dos proprietários de veículos em todos os tempos. Um fenômeno físico-químico que tem se alastrado com grande vigor, durante anos e anos, de gerações em gerações, causando verdadeiro pavor entre os Fabricantes de veículos e motoristas cuidadosos.

Sabendo disso, Fabricantes de todo o Mundo se utilizam de diversos processos anti-corrosivos de forma a reduzir, ou mesmo eliminar tal Fenômeno. Estes tratamentos, realizados sempre a base de produtos químicos, constituem a maior proteção das chapas indefesas e pinturas desprotegidas.

O primeiro passo para a Proteção da Carroceria é o tratamento da chapa através de um processo de Galvanização, que pode ser feita a quente ou eletrolíticamente. Em seguida, a Carroceria é desengraxada e limpa, recebendo uma proteção a base de Fosfato de Zinco. Este processo permite a formação de uma camada cristalina sobre a superfície metálica, preparando a chapa para a aplicação do Primer nas áreas externas da carroceria.

Após este processo, a Carroceria é imersa em um tanque para remoção do excesso de fosfato, estando agora pronta para receber a aplicação do Primer anticorrosivo que garantirá a aderência da pintura. Após dois ou mais estágios de limpeza e secagem, a Carroceria recebe a aplicação do Material de Vedação nas costuras das soldas e na parte inferior, funcionando como isolamento de temperatura e ruído.

É então aplicado um Primer com a função de nivelar a superfície da carroceria eliminando irregularidades, sendo seco a 150° C. Após seu lixamento, são aplicados, através de pulverização automática, os pigmentos que definirão a cor e de efeito metálico ou perolizado do veículo, seguido da aplicação de uma camada transparente de um verniz protetor.

É interessante observar que além do aspecto atrativo, a Pintura garante também a proteção da carroceria contra corrosão, sendo utilizados diversos tratamentos anticorrosivos. Mas não é apenas durante o processo de produção que os Fabricantes se preocupam com a proteção da Carroceria. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a novos métodos e materiais alternativos.

É o caso da utilização de Ceras especiais para Proteção de veículos quando expostos por muito tempo em locais desprotegidos e pátios descobertos. Dessa forma é possível evitar processos de corrosão biológica, causados por excrementos de aves e larvas de insetos, os quais provocam manchas e danos irreversíveis à pintura, assim como ataque a chapa.

Até o próximo Post.

Alexandre

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sábado, 26 de setembro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE I


Ferrugem é um nome popular dado a um fenômeno químico bastante comum – a oxidação. Esse fenômeno nada mais é que o processo de reação com o próprio oxigênio. E, como a atmosfera é rica em oxigênio, podemos dizer que tudo em nosso Mundo oxida.


Vou dar um exemplo bem simples. Quando cortamos uma maça ao meio, e comemos uma parte, a outra parte que ficou no prato rapidamente escurece a poupa, ficando amarelada. Isso nada mais é que oxidação. Ao envelhecermos também estamos oxidando, pois a formação de rugas em nossa pele nada mais é que o resultado da ação de nossa epiderme ao oxigênio.

A verdade é que alguns materiais oxidam mais facilmente que outros. É o caso dos metais. Mas, para que isso ocorra é preciso de um eletrólito, ou seja, de uma substância que auxilia na condução de elétrons entre dois elementos. Nesse caso, eletrólito é a água.

O que conhecemos como ferrugem, aquele pozinho alaranjado sobre uma superfície metálica,é na verdade óxido de ferro, ou seja, é o resultado da combinação do ferro da chapa com o oxigênio. Mas para que o Ferro torne-se Óxido de ferro, é preciso que ocorra a reação química entre três elementos – a água, o ferro e o oxigênio.

Quando esses elementos se encontram, como acúmulo de água no escapamento ou no interior paralamas criamos uma condição ideal para a formação de ferrugem. É um processo químico simples que vamos explicar passo a passo.

Primeiramente, a água acumulada se combina com o dióxido de carbono ( CO2) presente na atmosfera e que também é liberado pelo próprio escapamento do carro, para formar uma substância ácida, chamado de ácido carbônico. À medida que esse ácido vai se formando, vai ocorrendo o ataque à superfície metálica. Essa reação química separa o Ferro da liga metálica, além de liberar Hidrogênio e Oxigênio. E, é esse oxigênio que se combina com o Ferro, formando o Óxido de ferro. Simples, não?

É, simples e prejudicial. Pois a oxidação é sinal de que a superfície metálica está comprometida, e por tratar-se de um processo contínuo, e que quando iniciado não pode ser interrompido, tem-se o próximo passo que é a corrosão, ou perda significativa de material provocado pela oxidação. Daí, meu amigo, a coisa fica feia...

O que fazer então para evitar a oxidação? Bem, o primeiro passo é ler o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O QUE É DOWNSIZING?

A cada década, uma nova expressão é adotada no Mundo corporativo, e seus conceitos são seguidos pelas Empresas como dogmas religiosos. Value, Reengeneering, e Core Business são alguns dos termos que fizeram fama. Mas um deles tem tido um sobrevida – o Downsizing.

Essa não é bem uma expressão nova. Foi bastante utilizado na década de 90 na reformulação de fábricas e grades empresas. É um termo derivado do inglês, cujo significado pode ser interpretado como “redução”. É um conceito bastante aplicado à administração, cuja principal característica é a redução dos níveis hierárquicos e do quadro de funcionários com o objetivo de tornar a Empresa mais ágil e eficiente. Alguns sindicalistas sugerem que o termo está associado a demissões, só que escrito de uma forma mais elegante.

Tá, tudo bem, esse Post tá com cara de Blog de Administração. Mas, se você continuar lendo vai entender onde quero chegar. É que desde o início do século XXI esse termo tem assumido grande importância na indústria automotiva. Uma revolução silenciosa tem ocorrido na engenharia, onde o termo tem sido utilizado para batizar projetos de automóveis mais eficientes, e que utilizam sistemas mecânicos mais simples e compactos. Algo como tirar mais de menos !!

A principal vantagem de adotar o Downsizing é utilizar unidades motrizes mais eficientes, com menor consumo de combustível e redução significativa na emissão de poluentes, mantendo os mesmos números de desempenho. Essa prática é um reflexo da pressão exercida pelas exigentes normas de emissões vigentes na Europa. Sem o Downsizing as Montadoras não conseguiram atender tais regulamentações tornando impossível homologar novos veículos.

O maior desafio, portanto, é manter os números de desempenho dos motores de maior capacidade utilizando motores cada vez menores. É perceptível o esforço das Montadoras em todo o Mundo em utilizarem motores de menor cilindrada, muitas vezes turbocomprimidos, em substituição aos antigos motores de maior cilindrada.

Esse fenômeno já se faz presente no Brasil e de forma bastante consistente. O ponta-pé inicial foi dado por uma montadora italiana que lançou um sedan médio dotado de um pequeno, mas valente, motor 1.4 turbo em um segmento até então dominado por motores 1.8 e 2.0.

Essa é a tendência do futuro – motores menores, mais eficientes, econômicos e menos poluentes !! Isso é Downsinzing!!

Alexandre

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VEICULOS MENOS POLUENTES ATÉ 2014.


O CONAMA ( Conselho Nacional do Meio Ambiente ) aprovou em sua 95ª Reunião Ordinária, na última quarta-feira, uma nova Resolução que faz parte da Fase 6 do Programa de Controle da Poluição do AR por Veículos Automotores. Essa nova determinação estabelece que veículos movidos a álcool e gasolina deverão atender a nova exigência a partir de 1° de janeiro de 2014. Para os veículos Diesel, a determinação é valida já para o primeiro dia de 2013.


Esta Resolução engloba todas as substâncias poluentes resultantes da queima dos combustíveis, tais como monóxido de carbono (CO), aldeídos, hidrocarbonetos(HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado.

E, apenas para que você possa ter uma noção do impacto dessa Resolução sobre a emissão de poluentes, um veículo movido a Gasolina emite atualmente cerca de 0,12 grama de óxidos de nitrogênio por Km. Após 2014, serão obrigados a emitir apenas 0,08 g/Km. Uma redução de 33% !!!

Segundo o mesmo conceito, os veículos leves e os comerciais com menos de 1700Kg devem ter redução de 35% nas emissões de monóxido de carbono ( CO ) passando dos atuais 2 g/km para cerca de 1,3 g/km até a vigência da nova Lei. Já, para os veículos com mais de 1,7 mil kg, a redução será de 26%, passando do limite 2,7 g/km da Fase 5, para apenas 2 gramas por quilômetro.

Mas, como tudo no Brasil, quem irá fiscalizar? Bem, assim como ocorre atualmente, além do próprio CONAMA a responsabilidade e adequação dos veículos é da própria Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), que na verdade é a instituição mais interessada, já que apenas serão homologados veículos para a venda que atenderem as exigência da Nova Regulamentação.

Mas quais os benefícios para a População que a nova Lei oferece? Bem, primeiramente, com a nova Fase do Programa de controle da Poluição estamos no aproximando das exigentes Normas internacionais vigentes. Isso é um grande passo para a redução do efeito estufa e suas conseqüências para o Planeta. Em segundo lugar, estamos regulamentando a emissão de substâncias tóxicas que são as principais causadoras de doenças respiratórias.

Se você concorda com nas Novas regras no controle de emissões de Poluebntes, deixe seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 5 de setembro de 2009

É PRECISO UTILIZAR A PARTIDA A FRIO EM UM DIA QUENTE?


Recebi um e-mail de um leitor me questionando se realmente seria necessário utilizar o sistema de partida a frio de seu carro Flex se em sua cidade as temperaturas são elevadas? Pensando bem, até que faz sentido. Porque utilizar a partida a frio se está fazendo tanto calor?


Só que o raciocínio não é bem esse. A função básica do sistema de partida à frio é, obviamente, auxiliar a partida com o motor frio. Mas, quando falamos de partida à frio não estamos nos referindo se está fazendo frio ou calor. Estamos, na verdade, nos referindo a temperatura do motor no momento da partida.

Vou explicar melhor. A temperatura de trabalho de um motor é algo próximo dos cem graus, (noventa e sete, para ser mais preciso). Então, se o motor passou muito tempo desligado, ele estará à temperatura ambiente, ou seja, em torno de 30°C, por exemplo. Daí, se compararmos as temperaturas, podemos considerar que o motor está frio em relação a sua temperatura de trabalho. Entendeu agora?

Ou seja, não importa se você está a 40°C em Teresina ou a 20°C em São Paulo. O que importa é que quando o motor está a temperatura ambiente ele está muito frio em relação a temperatura de trabalho. Isso exige uma injeção de gasolina adicional para facilitar a partida quando o carro está com álcool no tanque.

Portanto, é válido encher o reservatório de partida a frio sempre com gasolina aditivada de modo a facilitar o funcionamento do motor. Além disso, manter o reservatório sempre com gasolina evita que o anel de vedação do reservatório resseque, impedindo vazamentos.

E, para aqueles que não suportam estar enchendo o tanquinho, uma novidade – já existem modelos que eliminam o reservatório, passando a utilizar injetores aquecidos. Mas isso é assunto para um próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

sábado, 29 de agosto de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE EXAUSTÃO – PARTE II


Dando continuidade ao Post Como funciona o sistema de exaustão – Parte I, iremos agora conhecer cada uma das peças que compõem o sistema, assim como esclarecer sua função.

Começamos pelo Coletor de escape que representa uma das extremidades do sistema, sendo a ligação entre o motor e a tubulação de escapamento. Devido à alta temperatura dos gases na saída do motor este componente é construído normalmente em ferro fundido.

Em seguida temos o intermediário, que, assim como o nome está dizendo, está localizado na metade do sistema, sendo responsável pela ligação entre o coletor de escape e o silencioso. Este componente normalmente serve como suporte para o catalisador.

O catalisador vem em seguida, e é uma espécie de marmita metálica cuja função é acelerar a reação química dos gases provenientes da queima do combustível, tornando-os menos nocivos. Nos carros Flex, o catalisador está instalado na saída do coletor de escape, antes do intermediário a fim de aumentar sua eficiência com o motor frio.

O silencioso, também conhecido como bojo, está posicionado na seção final da tubulação de escape, antes da ponteira. Sua função é reduzir o ruído provocado pela exaustão dos gases funcionando como uma espécie de caixa de ressonância, reduzindo os pulsos provocados pelo movimento alternado dos pistões e o ruído da queima do combustível.

A ponteira constitui a outra extremidade da tubulação, sendo possível perceber sua presença pela posição fora da carroceria. Na maioria dos veículos forma uma peça única com o Silencioso. E, normalmente assume mais uma função estética que funcional.

Nos próximos Posts falaremos mais sobre o sistema de exaustão.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

domingo, 23 de agosto de 2009

USAR SOMENTE ÁLCOOL NO CARRO FLEX PREJUDICA O MOTOR?


Recebi vários e-mails na semana passada de leitores que questionam o uso de 100% de álcool no tanque de um carro Flex. Alguns argumentam que o uso exclusivo do álcool deve ser evitado, sendo recomendado o uso de gasolina em intervalos regulares.

Até entendo essa preocupação. Desde que o Etanol passou a ser utilizado como combustível, há cerca de 30 anos, que os danos causados por ele são conhecidos. Oxidação, entupimento das tubulações e desgaste do motor pela deficiência de lubrificação eram alguns dos problemas enfrentados pelos engenheiros e mecânicos da época.

Tudo isso pelo simples fato do Etanol ser um combustível hidratado, ou seja, com 5% de água em sua composição. Isso significa que as peças metálicas com as quais tem contato podem ser atingidas por oxidação. Mas o maior problema do álcool não reside na água, mas sim no seu nível de acidez que é muito elevado, provocando corrosão.

E, é justamente pelo fato do Etanol ser muito ácido que na era dos finados carros carburados todos os modelos movidos a álcool utilizavam tratamentos químicos com níquel ou cromo, a fim de suportar o combustível “verde”. Quem viveu essa época lembra bem disso.

Hoje em dia, na era dos motores Flex, a preocupação com o uso do álcool continua, mas a tecnologia permite o uso exclusivo de álcool hidratado sem problemas ao motor. Todas as peças que têm contato direto com o combustível são tratadas quimicamente. Mangueiras, dutos, válvulas de admissão e escape, bomba de combustível e anéis dos pistões recebem um banho químico, protegendo-os dos efeitos da oxidação.

Mas existe ainda um problema. As sedes e guias de válvulas são pequenos componentes que apóiam as válvulas do motor permitindo que as mesmas abram e fechem corretamente. Ocorre que essas peças são lubrificadas pelo próprio combustível ao ser injetado no interior da câmara de combustão, e não pelo óleo do motor. O álcool, diferentemente da gasolina, não possui propriedades lubrificantes, ocasionando desgaste prematuro e perda de compressão do motor. A solução encontrada foi modificar o tipo de material utilizado nessas peças, adotando um metal mais resistente.

Portanto não há motivo para preocupação. Abasteça seu carro Flex com álcool, coloque gasolina aditivada no reservatório de partida a frio e seja feliz!!!

Por isso afirmo! Álcool e direção combinam !! Desde que o álcool esteja no tanque !!!

Até próximo Post.

Alexandre

sábado, 22 de agosto de 2009

TUDO SOBRE PINTURA AUTOMOTIVA - PARTE I


Recebi um e-mail de um leitor que me perguntava qual a melhor maneira de cuidar da pintura sólida do seu carro. Bem, e-mail respondido, surgiu a idéia de elaborar uma série especial de Posts sobre a pintura Automotiva, desvendando o complexo universo das cores.

Mas para isso vou suar a camisa para explicar conceitos como a refração da luz e ótica. É que para entender a pintura do seu carro iremos precisamos entender que a luz é composta de vários espectros coloridos que variam entre os tons Vermelho, laranja, amarelo,verde, ciano, azul e violeta. E para que possamos perceber um determinado tom, é preciso suprimir os demais. Isso quer dizer que os pigmentos que compõem a tinta automotiva absorvem a luz, refletindo apenas aquela cor específica.

Tá complicado demais? Vou tentar explicar melhor através de um exemplo. Quando nossos olhos enxergam um carro vermelho, é porque todo o espectro de luz foi absorvido pela pintura, sendo refletido apenas o tom vermelho. É isso que nos dá a percepção de cor. Entendeu agora?

Esse fenômeno ótico é explicado por uma ciência muito complexa chamada de Colorimetria, e é a base da pintura automotiva. A Colorimetria classifica uma cor conforme três características distintas que são o tom, a saturação e a intensidade.

O tom é a característica que torna possível a percepção de uma cor específica. É através do tom que diferenciamos uma cor amarela de uma cor verde, por exemplo. Já a saturação de uma cor indica seu grau de pureza, ou seja, a cor será mais ou menos saturada quanto menor for o seu conteúdo de branco ou cinza. ( Experimente mexer nesse ajuste no controle remoto de sua televisão e entenderá melhor o que estou dizendo). Quanto a intensidade, podemos defini-la como a luminosidade de uma cor, ou seja, é essa característica que torna possível diferenciar uma cor mais clara de uma mais escura.

Nos próximos Posts daremos continuidade a essa série sobre Pintura Automotiva.
Alexandre Costa

domingo, 9 de agosto de 2009

OQUE É RECALL? PARTE II


O Recall é uma coisa muito séria, tão séria que é regido por normas rígidas que tem como objetivo garantir a integridade física do consumidor, assim como reduzir prejuízos de ordem material. O cumprimento dessas regras estão definidas no Artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor ( CDC ), que responsabiliza o Fabricante pelo reparo.

Só que realizar um Recall é muito caro e dispendicioso para qualquer Montadora. Não só pelos elevados custos com divulgação maciça na mídia, mas também pelo custo de retrabalho com a realização do serviço de reparo, substituição ou modificação da peça defeituosa.

Mas, mesmo com a divulgação na Mídia, o Consumidor não é obrigado a atender a convocação. Bem, obrigado não é, mas como o objetivo principal é garantir sua própria segurança, evitando possíveis acidentes, é interessante que não só atenda ao chamado, como efetivamente acompanhe os reparos e exija uma Ordem de Serviços que ateste a participação no Recall.

Quanto ao prazo para atender a convocação, posso afirmar que não existe um período determinado para realização do serviço, pois a Lei determina que, enquanto houver no mercado produtos com vício de fabricação que comprometa a segurança do usuário, o fabricante deverá se responsabilizar pela correção do problema.

Esses reparos não devem trazer nenhum custo ao Consumidor, devendo ser gratuito, estando todos os custos cobertos pela Montadora. O único inconveniente é ficar sem o carro enquanto o serviço é realizado. A Lei não determina a locação de veículos para o Cliente nesses casos.
E se você é proprietário de um veículo semi-novo, não se preocupe. O Recall não é válido apenas para veículos novos, ou dentro do prazo de garantia. Portanto, se você comprou um carro usado que se enquadra no lote de veículos convocados para reparos você também tem os mesmos direitos.


E, para finalizar, caso você já tenha sido vitima de um problema que tenha colocado sua segurança e a dos ocupantes do veículo, mesmo que tal componente não seja alvo de uma Recall, você pode exigir seus direitos, desde que comprove que a falha da peça é resultante de um defeito de fabricação.

Para orientar melhor os Clientes, no Site do Ministério da Justiça (
www.mj.gov.br/Recall) é possível vizualizar quais veículos estão passando por um Recall.
Até o Próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 8 de agosto de 2009

LIBERAÇÃO DO DIESEL PARA VEICULOS DE PASSEIO. VOCÊ CONCORDA?


No último dia 5 de agosto, a Comissão de Constituição e justiça do Senado deu parecer favorável a um projeto que visa a liberação da venda de veículos de passeio movidos a Diesel o País. Por enquanto é apenas um projeto, que passará por uma avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos, mas o assunto levanta muita polêmica.

A proibição do uso de diesel em carros de passeio é bem antiga, e data de antes do meu nascimento!! Para ser mais preciso, desde 1976 a venda, e não a produção, de veículos Diesel está limitada no País a veículo com capacidade de carga acima de uma tonelada. Ou seja, apenas ônibus, caminhões, utilitários e veículos off-road poderiam adotar o Diesel como combustível.

O objetivo na época era reduzir a dependência do petróleo, que era importado, mas mesmo hoje, tendo alcançado a auto-suficiência de petróleo desde 2006, a liberação para veículos de passeio causaria um desequilíbrio no fornecimento do combustível, exigindo novamente sua importação. Digo isso porque temos hoje uma das maiores frotas de veículos comerciais do mundo, e compartilhar esse combustível com automóveis leves só aumentaria a demanda pelo Diesel.

O problema todo está ligado a decisões tomadas no passado, onde o Governo brasileiro optou por construir estradas em vez de ferrovias, o que resultou na dependência do transporte rodoviário de carga, hoje o maior consumidor do Diesel no País.

Portanto, tal projeto já esbarra na limitada oferta do combustível no País. E, para aqueles que acham que o Bio Diesel pode resolver a questão, aí vai uma informação importante: o objetivo do Bio Diesel é reduzir o consumo de petróleo no País através da adoção de 5% de óleo vegetal, reduzindo também o consumo e a emissão de poluentes, mas não seria suficiente para compensar

Você acha que investir em um novo tipo de motorização em um País que é líder mundial em Tecnologia Flex, e no uso de etanol como Combustível compensa? Deixe o seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O QUE É RECALL? PARTE I


Nos últimos anos temos ouvido falar de um termo muito utilizado no exterior – o Recall. Essa palavra em inglês, cuja tradução ao pé da letra significa “chamar de volta”, é uma estratégia utilizada por fabricantes de todo o mundo para convocar Clientes cujos produtos apresentam algum vício de fabricação que comprometa a segurança. Isso vale para brinquedos, equipamentos, remédios e, principalmente, automóveis.

E, quando tratamos de automóveis, todo o processo do Recall começa através de uma verificação de qualidade que algum fornecedor da Montadora realiza em seus produtos. Quando um lote defeituoso de peças é identificado, a substituição é realizada ainda na linha de produção. Até aí, tudo bem. O problema começa quando se constata que um determinado número de peças do lote defeituoso está equipando veículos que já foram vendidos para os Clientes. Aí sim, temos um grande problema.


Sem perder tempo, a Montadora, juntamente com o Fornecedor da peças, realiza um minucioso levantamento com o objetivo de relacionar exatamente quais veículos, dentre os fabricados naquele período, utilizam a peça defeituosa. Assim, é determinada uma “ilha de chassi” que é uma sequência de números de chassi que correspondem aos carros comprometidos com o problema.

De posse dessa relação de números de chassi a Montadora utiliza todos os recursos de mídia ( digital, impressa e televisiva ) com o objetivo de convocar todos os Clientes que compraram esse modelo de veículo a realizarem a substituição do item em questão, em uma Concessionária, sem ônus nenhum para o proprietário.

Se o seu carro estiver numa lista de convocação para um Recall não há necessidade para pânico, muito menos para descrença na qualidade da Montadora. As peças reprovadas pelo controle de qualidade não necessariamente vão apresentar um defeito, tendo sua substituição um caráter preventivo. Mesmo assim, é importante não bobear e ir logo a Concessionária mais próxima.

Nos próximos Posts falaremos sobre os aspectos legais do Recall.

Alexandre

sexta-feira, 31 de julho de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE EXAUSTÃO – PARTE I


É comum ouvir alguém chamar o sistema de exaustão de um carro de tubo de descarga. Algo um tanto quanto depreciativo para um trabalho tão digno quanto expelir os gases resultantes da queima do combustível.

Esses gases precisam ser rapidamente eliminados, cedendo espaço a nova mistura ar-combustível a ser admitida no motor. Para tanto, o sistema de escapamento deve orientar o fluxo dos gases facilitando sua saída. Sua eficiência é determinada pelo formato e disposição, estando intimamente relacionado às características de cada motor.

É mais ou menos como nosso sistema respiratório, uma espécie de via de mão dupla que nos permite aspirar o oxigênio presente no ar atmosférico e no momento seguinte expulsar os gases tóxicos. Nossa capacidade respiratória é definida, não só pelo volume de ar que aspiramos, mas também pela capacidade de eliminar todos os gases nocivos presentes em nossos pulmões.

Por isso, a importância de manter sempre o Sistema de escapamento em bom estado. Furos ou amassões alteram o fluxo dos gases, levando conseqüentemente à perda de rendimento do motor. Algumas pessoas, seguindo este raciocínio, retiram o catalisador para beneficiar o motor. Isto representa um pensamento distorcido, já que a restrição causada pelo catalisador está prevista em projeto e, portanto, sua remoção em nada trará benefícios para o desempenho do veículo.

Mas, se o sistema de escape fosse constituído por um único tubo reto, saindo diretamente do motor para a traseira do veículo, isso não facilitaria a saída dos gases? A resposta é simples: o escapamento é a última coisa a ser instalada por baixo do veículo. Sendo assim, deve desviar das peças montadas anteriormente, por isso, seu formato tortuoso. Alterar essa disposição ocasiona perda de velocidade na saída dos gases, prejudicando o rendimento do motor. Além do que, para facilitar a montagem e substituição, o sistema de exaustão é composto por vários componentes como coletor, intermediário, silencioso e ponteira, que unidos, formam o sistema de escapamento.

No próximo Post falaremos de cada um desses componentes.

Alexandre
Saiba mais sobre o assunto

sexta-feira, 24 de julho de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO 1.0?


Quando o carro popular foi lançado, em 1991, a idéia era oferecer um veículo de baixo custo, beneficiado pela redução de imposto para motores de menor capacidade. Criou-se então a categoria dos Carros Populares.

Se você fosse desapegado a itens de conforto, ou tivesse feito voto de pobreza, aquele era o carro ideal. Lembro bem que as montadoras na época aproveitavam modelos de linha e literalmente retiravam todo e qualquer item que pudesse causar no motorista alguma sensação de conforto ou bem-estar. Os carros saiam apenas com retrovisor do lado esquerdo, motor, pneus e rodas, e é claro, estepe, por ser obrigatório. Encosto de cabeça dianteiro? Isso era um luxo digno da categoria dos opcionais!!!

Ainda bem que passados os anos a cenário mudou. O mercado tornou-se mais exigente e os Clientes priorizaram as marcas que ofereciam mais itens de conforto e conveniência. Mas uma coisa ficou – o motor 1.0 !! Criado para atender ao mercado dos populares devido ao imposto, criou raizes e passou a fazer parte da cultura do carro nacional, representando hoje cerca de 60% das vendas. Somos o País dos motores de baixa cilindrada !!!

Mas o que há de mal nisso? Afinal de contas esse motorzinho equipa atualmente hatches compactos, pequenos sedans e já carregou até peruas !!! A questão é que com os motores 1.4, os “Mil” perderam um pouco o sentido. Tem até montadora que não produz mais essa motorização.

Vamos analisar os Fatos:

  • O custo de manutenção de um motor 1.4 é praticamente o mesmo de um 1.0, não exigindo cuidados adicionais ou peças de reposição caras.
  • A capacidade volumétrica 40% maior do motor 1.4 produz mais potência e o mais importante, Torque mais abundante, o que explica o item abaixo.
  • O consumo de combustível é muito próximo, chegando em alguns casos a ser mais favorável no caso do 1.4. E que em relação ao 1.0 esse motor tem mais força, evitando que o motorista precise acelerar mais ou reduzir marchas constantemente.
  • O preço final do veículo é bem próximo do 1.0, tendo ainda a vantagem de oferecer de série, itens que no modelo 1.0 são opcionais.
  • E, ao comprar um 1.4 você sai da categoria dos populares, ganhando um pouco mais de status !!
Portanto, não tenha dúvida !!! Gaste um pouquinho mais e leve o motor 1.4. Vale a pena !!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 19 de julho de 2009

VALE A PENA USAR GASOLINA ADITIVADA? POST N° 100 !!!


Mesmo em tempos de Carros Flex, com o Álcool em evidência, muita gente se pergunta se é vantagem usar Gasolina Aditivada? Antes de responder a essa pergunta é importante entendermos qual a diferença básica entre a Gasolina Comum e a Aditivada, já que a base químicas das Gasolinas é a mesma.

O que diferencia a Gasolina Comum da Aditivada é, como o nome já diz, a presença de agentes químicos que adicionados ao combustível resulta em um a ação detergente, tipo sabão em pó “tira manchas”, removendo resíduos e impurezas.

Esses resíduos, conhecidos como “Goma” são resultantes do próprio processo de fabricação do combustível estando presente tanto na gasolina comum quanto na aditivada. A Goma, quando expostas as elevadas temperaturas da câmara de combustão transforma-se em uma espécie de borra que se acumula no sistema de combustível, causando a obstrução dos dutos de alimentação.

Até aí, tudo bem, não fosse um simples fato – a Gasolina Aditivada limpa os resíduos gerados por ela mesma !!! É algo como ar um banho no seu filho e mandá-lo brincar no parque. Não seria mais fácil, em vez de limpar, evitar sujar ??? Bem, é por isso que afirmo que não é vantagem utilizar Gasolina aditivada, pois o valor a mais pago não compensa os benefícios por ela gerado.

Concluindo. No dia-a-dia utilize Gasolina aditivada no reservatório de partida a frio do carro Flex, pois possui maior tempo de vida útil. No tanque, utilize a Gasolina Comum. Se seu carro for Flex, abasteça com Álcool, e acabe com essa dúvida !!!

Até o próximo Post !

Alexandre

quarta-feira, 15 de julho de 2009

TUDO SOBRE RODAS ESPORTIVAS - PARTE I


“O Mundo é uma roda” – diz o sábio. “Mas de que adianta uma roda se ela não é de liga leve?“– complementa o tunneiro. Pois é, mesmo após 5.500 anos, a maior invenção da história continua despertando paixões. Desde os mesopotâmeos até os dias de hoje, a roda evoluiu, se modernizou, passando da madeira ao aço, chegando as ligas metálicas atuais.

A escolha por materiais cada vez mais leves tem um objetivo muito mais nobre que a simples estética. O conceito é reduzir ao máximo o peso do conjunto pneu/roda, otimizando assim o trabalho da suspensão. É que quanto mais leve a roda, menor o esforço realizado pela suspensão para manter os pneus sempre em contato com o solo, favorecendo a dirigibilidade.

Mas não é só a suspensão que é beneficiada, o sistema de freios também é favorecido pela utilização de metais nobres. É que esse tipo de material dissipa melhor o calor gerado durante uma frenagem, aumentando a eficiência dos freios.

Mas, assim como as modelos de passarela, a magreza tem um preço. Rodas muito leves tornam-se frágeis e quebradiças. Por isso, não são utilizadas rodas compostas de um único metal, mas sim, faz-se uso de um metal base, como alumínio, associado a alguns metais que garantam propriedades que o metal base não possui, como boa resistência a impactos, por exemplo. Para isso, são utilizados materiais como cromo, níquel, molibidênio e magnésio que adicionados ao metal base forma uma liga metálica leve, resistente e durável.

Mas a busca por rodas mais leves, quase anoréxicas, não pára por aí. A forma como são produzidas garantem resistência associado ao baixo peso. O processo mecânico que tem sido bastante utilizado é a forja, que associa calor e pressão na confecção das jantes de liga leve. A vantagem em relação as rodas fundidas, no qual o metal é liquefeito e depois é resfriado numa forma, é que a forja elimina bolhas internas, tornando a estrutura mais densa e resistente. Por isso, se suas economias permitirem, compre a roda forjada.

Mas não pense que para desfrutar de todos os benefícios apresentado aqui nesse Post é só chegar numa loja de acessórios e comprar o melhor jogo de rodas esportivas que sua conta bancária pode pagar. Existe critério na hora da escolha. E é isso que veremos nos próximos Posts.

Até lá !

Alexandre